quinta-feira, 25 de junho de 2009

Paul Otlet, esse homem era um gênio

O antepassado esquecido: Paul Otlet
por Alex Wrighttradução de Moreno Barros
Em uma tarde chuvosa de 1968, um jovem universitário australiano chamado Boyd Rayward entrou em um escritório vazio no Parque Leopold em Bruxelas, Bélgica. Dentro, ele descobriu “um escritório bagunçado, com cheiro de mofo e cheio de teias de aranha, com goteiras da chuva – e que um dia foi inundado – causando ao então responsável pela organização quase um ataque epilético”¹. Havia pilhas e pilhas de livros, arquivos e manuscritos empoeirados: os restos sobreviventes intelectuais de um estudioso aparentemente desorganizado.
O antigo morador, Paul Otlet, havia morrido cerca de vinte e cinco anos antes. Como bibliógrafo, pacifista e empreendedor, Otlet havia sido em seu auge, celebrado como um grande homem, aproveitando a companhia de premiados pelo Nobel e até mesmo exercendo um papel na formação da Liga das Nações. Até sua morte em 1944, ele havia vivido o suficiente para ver sua reputação se degradar à quase obscuridade, ver sua grande ambição falhar e sofrer a humilhação final, com os nazistas roubando e destruindo muitos dos seus trabalhos. Quando ele finalmente morreu alguns meses antes do final da guerra, poucas pessoas notaram.Estudo da obra de Paul Otlet, com ênfase no Princípio Monográfico, uma de suas principais contribuições para a constituição da documentação e da ciência da informação e predecessora da idéia de hipertexto. Sua obra Traité de Documentation: le livre sur le livre: théorie et pratique, publicada em 1934, antecipa muitas das idéias hoje adotadas sobre a organização de redes internacionais de cooperação para tratamento e troca de informações documentadas. Nessa obra, Otlet define o campo da documentação e sistematiza teorias, métodos e técnicas para organizar o conhecimento registrado e distribuí-lo. Uma de suas contribuições mais notáveis é o Princípio Monográfico, idealizado na interlocução de Otlet com alguns representantes do Movimento Bibliográfico, surgido na Europa no final do século XIX e início do século XX. Revisitar a obra de Otlet é fundamental para compreender muitos aspectos teóricos, metodológicos e epistemológicos que construíram o campo da documentação e da ciência da informação.
Quem foi Paul Otlet? Conheça o avô esquecido da arquitetura da informação.
Estudo da obra de Paul Otlet, com ênfase no Princípio Monográfico, uma de suas principais contribuições para a constituição da documentação e da ciência da informação e predecessora da idéia de hipertexto. Sua obra Traité de Documentation: le livre sur le livre: théorie et pratique, publicada em 1934, antecipa muitas das idéias hoje adotadas sobre a organização de redes internacionais de cooperação para tratamento e troca de informações documentadas. Nessa obra, Otlet define o campo da documentação e sistematiza teorias, métodos e técnicas para organizar o conhecimento registrado e distribuí-lo. Uma de suas contribuições mais notáveis é o Princípio Monográfico, idealizado na interlocução de Otlet com alguns representantes do Movimento Bibliográfico, surgido na Europa no final do século XIX e início do século XX. Revisitar a obra de Otlet é fundamental para compreender muitos aspectos teóricos, metodológicos e epistemológicos que construíram o campo da documentação e da ciência da informação.

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